Enquanto almoçava com meu filhote em um restaurante, observava dois casais que estavam acompanhados de crianças "de colo", na faixa etária de 6 a 9 meses..pais atordoados e mães impacientes, quase irritadas. Lembrei quantas vezes eu fui protagonista de cenas como aquelas...lugar cheio, criança agitada e eu achando que carregava o mundo nas costas, pq o outro nunca entendia o que eu estava precisando naquele momento.
Criança pequena requer muitos cuidados,atenção, desprendimento por parte dos pais, principalmente da mãe e isso faz com que a gente (mulher) se sinta sobrecarregada,exausta e sempre precisando de ajuda. Dormimos pouco, temos mil coisas pra fazer (quase que ao mesmo tempo!), comemos às pressas, e temos que ter sempre disposição para carregar,alimentar e enternecer um filho. Por mais gratificante e realizador que isso seja, esgota qualquer pessoa!
Difícil é explicar isso pros homens...que por mais companheiros que sejam,nunca irão sentir o peso da responsabilidade, como sente a mãe.Tudo o que ele quer é sua esposa "de antes", bonita, cheirosa, arrumada,carinhosa e se pergunta várias vezes ao dia onde foi parar aquela mulher...engolida por aquela megera estressada?rs
Queridos,sejam mais compreensivos...um dia dormimos gostosas,independentes, com vida social, toda organizada...de repente, o corpo ficou "estranho"(sim, porque por mais que você não note tamanha diferença, nós, mulheres, sabemos que tudo mudou..mesmo com lipo, massagens,etc..), saímos do mercado de trabalho (mesmo que momentaneamente),nossa vida noturna se resume à mamadas e tentativas frustradas de dormir uma noite inteira;enfim, estamos felizes,mas, devastadas! Isso,claro, me referindo às boas mães,dedicadas e conscientes da responsabilidade de criar um filho.
É um momento de amor e paciência, de ambas as partes! Acredite, é só uma fase..logo os pequenos começam a dormir uma noite inteira, a acostumar-se em outros braços, a dar mais tempo pra mamãe voltar a ser mulher! Mas, nesse meio tempo, é preciso cautela, nos ânimos, nos impulsos,nas atitudes...os nervos estão "à flor da pele" e coisas desagradáveis podem tomar proporções extremas.
Filho é benção,sempre e não deve ser encarado como "fim de intimidade" entre o casal,muito pelo contrário! Deve ser o início de uma maior cumplicidade, de novas formas de amor. É neste momento de tantas transformações que se vê o quanto se ama...ou não!
Se pudesse dar conselhos aos que passam por isso, diria:
Marido, tenha paciência...ela está cansada e ainda atordoada com as novas funções...um gesto de carinho e uma palavra de amor, ameniza os "ataques" (mesmo você sabendo que tem razão,releve...só brigam dois, quando os dois querem!)...
Esposa, calma..ele te ama,mas,é homem,lembra?rs Eles tem dificuldade de entender "sinais", precisam de exposição dos fatos e simplesmente surtar,não vai resolver nada! Respire fundo e acredite, só depende de você, voltar a ser aquela mulher de antes!
Não gosto de dar conselhos,mas,falo com a propriedade de quem já passou por muitas situações assim e sabe que o momento é delicado. Já vi muitos casais se separem por motivos como este..ou por falta de amor ou porque os "impulsos" destruíram moralmente um dos dois.
Cuidado com o que maltrata...Conheço homens que passam a vida lamentando a família que perdeu...e mulheres que não querem mais ter filhos, de homem nenhum, com medo da situação se repetir...
é claro que, em tudo, existe exceções e há aquele casal que passa por esta fase com tranquilidade. Porque onde existe amor, há paciência...
