sexta-feira, 3 de abril de 2015

Chegando...

ME PREPARANDO PRA VOLTAR...DEPOIS DE MUDAR DE CIDADE (E JÁ SE VÃO 1 ANO E 3 MESES EM RECIFE) E ESTAR CHEIA DE NOVIDADES!
ESPERO TRAZER MAIS ALEGRIAS E MENOS NOSTALGIA PRA CÁ.
POR ENQUANTO, SÓ TIRANDO A POEIRA E RELENDO AS "CARTAS QUE EU NUNCA MANDEI". QUANTO "MIMIMI", NÉ?rsrs
LOGO ESTAREI DE VOLTA! :*

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O Contrato

Da primeira vez que a gente se “esbarrou” eu parecia apenas uma menina afoita, que chega no parque de diversão e acha que pode ir em todos os brinquedos, que se encanta com o proibido, com o medo que sente. Respirava tão forte, seu ar, que tinha vertigem e ainda assim achava tudo lindo! Meti os pés pelas mãos...cai da montanha-russa, passei mais de um mês em coma...

Da segunda vez que nos esbarramos, fui cautelosa... comprei “armadura” e entrei desconfiada de tudo. Levei tempo pra me sentir à vontade de novo.E pra falar a verdade, penso que nunca mais relaxei...algumas cicatrizes, me deixavam menos sorridente. No entanto, que estranho, eu consegui ser muito feliz. Fazia parte da “programação”...Nosso lema tornou-se “aproveite enquanto o tempo está bom”. E tirando as vezes em que você implicava com meu jeito prático de analisar a vida, a gente se entendia. Você  fazia a comida e eu lavava a louça; eu fazia suas vontades, você, vez ou outra, me deixava escolher o filme. Eu sabia o ritmo da música e você gostava quando eu cantava junto. Viagens etílicas eram menos vertiginosas que nossos corpos juntos. Não tínhamos nenhum “contrato”, mas, sabíamos das regras “implícitas”. Não pode se apaixonar, não pode invadir demais a solidão do outro, não pode discordar de assuntos importantes. Eu apelidei de “ditadura do amor”, mesmo sabendo que aquilo não era amor. Não podia ser...
Só esquecemos de “acertar” uma coisa...Consideração era primordial. Ferir o outro, só se fosse, realmente, “sem querer” e inevitável. Pedir desculpas, antes de magoar, tornava o ato “doloso” e só pioraria a situação. O que “desmonta” não consegue falar, gritar, xingar...o que dizer pra quem não entende qualquer sentimento que não seja seu? Nada... 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um ano se passou...

Há um ano atrás eu entrava numa montanha-russa, sem cinto de segurança,sem proteção alguma, sabendo que o final dela dava para um abismo. Mesmo assim, eu fui...
Vestido amarelo,com flores delicadas, bordadas na barra...uma colônia com cheiro de Pitanga e a displicência de quem acha que nada de mal pode acontecer, que ia ser apenas divertido e sem compromisso. A ideia sempre foi essa...nunca me sentei naquela cadeira,pensando que ia fazer tantas viagens ao céu e ao inferno...que ia morrer e ressuscitar tantas vezes...Nunca pensei que ia pegar naquela mão e desejar que não mais me largasse.E foram tantas as vezes que ele me largou,no meio de um deserto imenso, de descaso e solidão,que um ano,me traz lembranças remendadas,como uma grande colcha de retalhos.
Mas, ele sempre voltava e eu,se dizia "não", sabia que era por pouco tempo...Mas,a cada volta, um pouco de mim ficava pelo caminho,perdido,sem rumo,sem vontade de se encontrar. Os 365 dias mais embriagantes da minha vida, com direito a ressaca e sequelas. Mas, os "fica aqui comigo" soavam como os "eu te amo" que eu sabia,jamais ouviria...e eu continuava...cada vez mais fraca, cada vez mais certa do abismo que me esperava,mas,corajosamente,mais apaixonada.
Superei tantas fases...um ano que valeu por muitas vidas...as vidas de uma "Fenix".
Era pra ser só divertido,mas,foi muito além do vinho e do vestido de camponesa...passou pelas blusas pra dormir, pelos cafés da manhã,por mil músicas cantadas,pelo cheiro do cigarro (que eu só "aturava"),pelos filmes,debaixo do endredon, pelas risadas no elevador,pelos beijos de vodka e pelas mãos que se davam,no momento em que tudo parecia perfeito e em que eu, em meio caos,me sentia confortável.
Um ano se passou...e enquanto ele nem lembra que já se passou todo esse tempo,eu sigo me perguntando quanto mais vou seguir com isso...quanto sentimento pode um coração carregar...
Era pra ser só a diversão de uma tarde tediosa de domingo,com um vestidinho meigo e uma garrafa de vinho...E agora é uma montanha-russa só de ida.
Feliz um ano pra vc,que me tem mesmo sem merecer!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ainda não foi dessa vez...

Como entender a magia que é pegar na mão dele e ficar horas e horas,ouvindo suas sandices,dando seriedade aos seus sonhos de menino? Onde procurar 
razão pra gostar tanto de ficar ali, meio que escondida, limitada ao limite dele e tendo que amar tão "trituradinho"?....
Ai, de repente, ele afasta uma mecha do meu cabelo,que teima em me cair no rosto e junto com ela, leva todas essas interrogações...E eu concluo que ainda não foi dessa vez que vou partir,pra nunca mais voltar...


quarta-feira, 3 de abril de 2013

Amor trituradinho


Amar com medo é pior do que odiar,eu penso. Medo do outro saber que é amor e se assustar,tão desacostumado de ser amado que é...ai, a gente tritura isso tudo,pra parecer descaso,porque fingir descaso a gente sabe muito bem e aí fica tudo certo (?). Então eu me pego pensando que amar assim dá muito trabalho,desgasta a alma e vou ali,brincar de "ser de ninguém",livre,sorridente,leve..mas,logo volto pra casa porque as amarras estão comigo,na minha cabeça,nas regras que ele quebrou,mas,eu não.No pensamento de que "ele bem que poderia estar aqui comigo" ou "com quem ele estará agora?". Aaaahhhh,amor trituradinho,não posso mais lhe carregar para todo canto! Tá pesado,tá sofrido!
E de nada adiantou mudar a vida,se o sorriso congelado dele,quase apático, sempre surgia, quebrando qualquer outro sorriso,qualquer outro abraço acolhedor.
Será feitiço? Porque se for,tem solução...a gente vai numa macumbeira e desfaz o "trabalho". Mas, e se for mesmo amor,o que fazer?? Passar a vida o triturando para que não assuste o outro,para que não incomode ou mude a rotina alheia?
E lá eu lembrei a Tati Bernardi e encerrei o pensamento achando que,realmente,meu amor precisa aprender a ser menos amor, para talvez,assim, nunca deixar de ser.

terça-feira, 26 de março de 2013

O luto do amor

Pronto,o relacionamento acabou. Quem terminou não importa,porque na maioria das vezes,já nem são os personagens quem terminam,é a vida, a rotina, a correria,a falta de força de vontade. Quanto mais moderno for o casal,mais motivos terão pra responsabilizar pelo fim, daquilo que se chamava de maneira doce.
Acabou e você se viu sozinha...sem vontade de se arrumar,de sorrir,de sair...o mundo se resumiu a uma barra de chocolate e as músicas de "fossa". Quanto mais você tenta esquecer,mais "esbarra" em lembranças,as vezes tão idiotas quanto o término...um perfume,a letra de uma música,uma "gíria" dita por alguém,uma bebida e lá está o ex-amor...mais charmoso do que antes,mais encantador, só pra nos lembrar que não será mais nosso.
Dizem que chorar desidrata e emagrece...mito!! Porque geralmente a gente não se contenta só em chorar...chora,devorando um doce ou um pote de sorvete. Quantas não consideram a comida, como uma espécie de "carinho", de compensação por tanta chateação? Pois é...e assim o número de obesas, aumenta mundo afora,aff!
De repente, você esquece que ele era um imbecil,insensível,canastrão e só consegue lembrar do seu sorriso,do seu abraço e daqueles dias que pareciam o paraíso na Terra... Se sente frustrada e se pergunta mil vezes ao dia:"por que ele deixou de gostar de mim?". Lixo,é o que você se sente,né? Afinal, só lixo é descartado assim, sem maiores explicações...
O tempo de luto varia para cada pessoa,para cada intensidade do amor. Há quem passe uma vida toda "levando flores no túmulo amado",deixando, literalmente,de viver por conta de uma desilusão amorosa.Triste fim de quem acha que só se pode ser feliz uma única vez. Mas, também há quem supere em menos de um mês (se superar em uma semana, me desculpe,mas,era qualquer coisa, tesão, carência,mas,amor ou até mesmo paixão,era não!).
O luto do amor, pode ser perigosamente instável...tem dias que não queremos nem levantar da cama,que nos achamos feias e azaradas...mas, tem quem um dia acorde mais "leve" e resolva reagir. Compra roupas novas,vai pra academia,"desencava" amigos, só pra sair por aí, postando fotos do tipo "ei, olha eu aqui,super bem sem você!". A "fissura" é tanta que, muitas vezes, a própria pessoa começa a acreditar nisso...pelo menos até entrar em casa e se deparar com o que realmente lhe pertence: a solidão. Isso me lembra um ditado que minha mãe sempre repetia,quando eu fazia besteira: "vai chorar na cama, que é lugar quente!".É...nesse estágio,só o travesseiro sabe realmente o que se passa no nosso coração, porque,graças, o instagram,ainda não revela nossos sentimentos!
Claro que eu já fiz isso! Quem nunca fez, que jogue um vírus no meu blog!rs Mas, logo aprendi que isso só alimenta mais a falta que o outro faz...numa dessas saídas para "ser feliz", você faz coisas terríveis, como beber e passar msgs,ligar só pra ouvir a voz (aahhh,o número "privado" dos celulares, inventados para "driblar" a identificação de chamadas,aff!) ou passar a noite pensando "como ia ser bom se ele estivesse aqui!". Não..decididamente, entendi que é mais saudável, curtir o luto em casa, chorar o amor perdido (ou nunca tido!), escutando Roberto Carlos, do que sair por ai, desfilando falsa alegria. Até porque,se a pessoa já não gosta mesmo, pouco vai se importar onde e com quem você está. É...penso estar me tornando um ser evoluído ou uma mulher, de verdade!
"Viva seu luto!", sempre repito para as amigas sofredoras do mal de amor...porque quando ele acaba (e um dia ele acaba,se você assim quiser!),vai de uma vez por todas,sem ciclos quebrados,sem estórias mal resolvidas. Aí sim,você está livre e pode ir desfilar sua alegria,verdadeira,por qualquer lugar. Talvez o amor nem tenha acabado,mas,já estará num ciclo bem distante das suas prioridades. Vai ficar na lembrança, das coisas que um dia foram boas,mas, passaram.
Não "atropele" seus sentimentos. Não faça da sua vida uma vitrine "gelada". Você é um ser humano e se não aprender a conviver com suas fraquezas,jamais conseguirá viver realmente uma relação. Libertar-se vai muito além de não querer mais o outro. Libertar-se significa livrar-se do peso do desamor.

quarta-feira, 13 de março de 2013

A ordem é desacelerar!

Tem gente que só de olhar,dá tédio,impaciência de ouvir e até desespero em ver a pessoa se mexendo, tão lerda que é.Para mim, que sou ligada no "220 volts", é quase uma tortura ter que conviver com esse tipo, que para pra pensar até se deve continuar respirando (coisa que eu não aconselharia!rs). Eu sei, é pura intolerância minha...deveria era ter inveja de quem respira antes de falar, de quem não sai "atropelando" as conversas,ansiosa por já começar outra. Coisa de menina que carrega energia que não gastou na infância, tão tolida que era...Por isso,dia desses, me peguei "pulando amarelinha" na lajota do escritório,enquanto um colega de trabalho,tentava me explicar,sei lá o quê,tão concentrada eu estava em não errar os quadrados!rs
Éééé...no fundo tenho inveja dessa gente que pensa antes de falar e programa sua vida,como quem programa a tv pra gravar seus entretenimentos preferidos. Que estuda,pra depois pensar em paixão,que só casa depois que a paixão vira amor; que só compra um produto novo,depois que escuta a opinião de uma outra pessoa;que tem "previsão orçamentária" sempre e dias; que aproveita o engarrafamento pra meditar. De todos esses,só o último eu consigo fazer,tão distante pareço desse povo aí.
Gente como eu,tem sempre um hematoma no corpo (devido ser "estabanada"e sempre me bater na "quina" de algum móvel) ou na alma (por não se proteger dos "baques" da vida).Penso que gente como eu,vive mais rápido que esses "tranquilões" e,como bônus,amadurece mais rápido.O ônus? Se esgota mais rápido também...
Foi assim que surgiu a estória do "infinito particular",refúgio da minha correria e intolerância,mas,não menos, da minha incoerência. Pausa pra respirar,descansar o corpo,"desacelerar" a vida.
Ultimamente,tenho feito esforço,pra aceitar as pessoas como elas são, inclusive, as que não tem pressa nem de existir. Estado evolutivo,alimentado diariamente, com contagem até 100 e mais humildade.Afinal,ninguém é obrigado a gastar sua energia com o que eu quero,né? Isso serve pro trabalho e pra todo o resto.
O dia em que aprender 100% que nem tudo pode ser como eu quero,terei,enfim, encontrado o caminho da felicidade. Por enquanto,vou tentando trocar minha bateria por uma de 100 volts..porém,não menos luminosa! ;-)