terça-feira, 26 de março de 2013

O luto do amor

Pronto,o relacionamento acabou. Quem terminou não importa,porque na maioria das vezes,já nem são os personagens quem terminam,é a vida, a rotina, a correria,a falta de força de vontade. Quanto mais moderno for o casal,mais motivos terão pra responsabilizar pelo fim, daquilo que se chamava de maneira doce.
Acabou e você se viu sozinha...sem vontade de se arrumar,de sorrir,de sair...o mundo se resumiu a uma barra de chocolate e as músicas de "fossa". Quanto mais você tenta esquecer,mais "esbarra" em lembranças,as vezes tão idiotas quanto o término...um perfume,a letra de uma música,uma "gíria" dita por alguém,uma bebida e lá está o ex-amor...mais charmoso do que antes,mais encantador, só pra nos lembrar que não será mais nosso.
Dizem que chorar desidrata e emagrece...mito!! Porque geralmente a gente não se contenta só em chorar...chora,devorando um doce ou um pote de sorvete. Quantas não consideram a comida, como uma espécie de "carinho", de compensação por tanta chateação? Pois é...e assim o número de obesas, aumenta mundo afora,aff!
De repente, você esquece que ele era um imbecil,insensível,canastrão e só consegue lembrar do seu sorriso,do seu abraço e daqueles dias que pareciam o paraíso na Terra... Se sente frustrada e se pergunta mil vezes ao dia:"por que ele deixou de gostar de mim?". Lixo,é o que você se sente,né? Afinal, só lixo é descartado assim, sem maiores explicações...
O tempo de luto varia para cada pessoa,para cada intensidade do amor. Há quem passe uma vida toda "levando flores no túmulo amado",deixando, literalmente,de viver por conta de uma desilusão amorosa.Triste fim de quem acha que só se pode ser feliz uma única vez. Mas, também há quem supere em menos de um mês (se superar em uma semana, me desculpe,mas,era qualquer coisa, tesão, carência,mas,amor ou até mesmo paixão,era não!).
O luto do amor, pode ser perigosamente instável...tem dias que não queremos nem levantar da cama,que nos achamos feias e azaradas...mas, tem quem um dia acorde mais "leve" e resolva reagir. Compra roupas novas,vai pra academia,"desencava" amigos, só pra sair por aí, postando fotos do tipo "ei, olha eu aqui,super bem sem você!". A "fissura" é tanta que, muitas vezes, a própria pessoa começa a acreditar nisso...pelo menos até entrar em casa e se deparar com o que realmente lhe pertence: a solidão. Isso me lembra um ditado que minha mãe sempre repetia,quando eu fazia besteira: "vai chorar na cama, que é lugar quente!".É...nesse estágio,só o travesseiro sabe realmente o que se passa no nosso coração, porque,graças, o instagram,ainda não revela nossos sentimentos!
Claro que eu já fiz isso! Quem nunca fez, que jogue um vírus no meu blog!rs Mas, logo aprendi que isso só alimenta mais a falta que o outro faz...numa dessas saídas para "ser feliz", você faz coisas terríveis, como beber e passar msgs,ligar só pra ouvir a voz (aahhh,o número "privado" dos celulares, inventados para "driblar" a identificação de chamadas,aff!) ou passar a noite pensando "como ia ser bom se ele estivesse aqui!". Não..decididamente, entendi que é mais saudável, curtir o luto em casa, chorar o amor perdido (ou nunca tido!), escutando Roberto Carlos, do que sair por ai, desfilando falsa alegria. Até porque,se a pessoa já não gosta mesmo, pouco vai se importar onde e com quem você está. É...penso estar me tornando um ser evoluído ou uma mulher, de verdade!
"Viva seu luto!", sempre repito para as amigas sofredoras do mal de amor...porque quando ele acaba (e um dia ele acaba,se você assim quiser!),vai de uma vez por todas,sem ciclos quebrados,sem estórias mal resolvidas. Aí sim,você está livre e pode ir desfilar sua alegria,verdadeira,por qualquer lugar. Talvez o amor nem tenha acabado,mas,já estará num ciclo bem distante das suas prioridades. Vai ficar na lembrança, das coisas que um dia foram boas,mas, passaram.
Não "atropele" seus sentimentos. Não faça da sua vida uma vitrine "gelada". Você é um ser humano e se não aprender a conviver com suas fraquezas,jamais conseguirá viver realmente uma relação. Libertar-se vai muito além de não querer mais o outro. Libertar-se significa livrar-se do peso do desamor.

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